Malefícios do tabaco: a dependência
Quando decidimos parar de fumar, queremos que essa tentativa seja aquela que dura toda a vida. Procuramos a libertação permanente do vício em nicotina quando apagamos o último cigarro.
A nicotina é a substância química do tabaco responsável pelo hábito tabágico. Ela atinge o cérebro em segundos e aumenta a libertação de substâncias químicas no cérebro, chamadas neurotransmissores, que ajudam a regular o humor e o comportamento.
Tipos de dependência ao tabaco
Dependência física (química):
O efeito da nicotina, absorvido em cada trago, é sentido rapidamente. Oferece uma sensação de prazer e bem-estar mas, após cerca de uma hora e meia, a quantidade de nicotina no organismo começa a descer e surge a necessidade de fumar outro cigarro. A nicotina atua ao estimular o nosso sistema nervoso a libertar mensageiros químicos específicos (hormonas e neurotransmissores) que afetam diferentes partes do nosso cérebro e corpo.
Além disso, quando o fumador deixa de fumar por um certo período de tempo, pode experienciar a síndrome de abstinência, causada pela ausência de nicotina no organismo. Esta síndrome caracteriza-se por sintomas como problemas de concentração, ansiedade, inquietação, dores de cabeça, intensa vontade de fumar e aumento de peso.
O facto de sentir ou não estes sintomas, e a intensidade dos mesmos, varia de pessoa para pessoa e depende de alguns fatores, como:
Quando começou a fumar.
Quantos cigarros e com que frequência é que fumava.
Dependência psicológica (comportamental):
Tomar um café, ligar a alguém, fazer uma pausa: estas são situações comuns que servem como gatilhos para que os fumadores sintam vontade de fumar. É um hábito, uma rotina, um costume.
O cigarro é o companheiro ideal porque a nicotina nele contida será inalada, irá através da circulação até ao cérebro, que levará à libertação de dopamina. A dopamina é um neurotransmissor libertado pelo cérebro quando fazemos coisas que nos dão prazer. Como resultado, a nicotina aumenta a sensação de bem-estar.
Assim, fumar pode ser considerado pelo fumador como um reforço positivo que satisfaz uma necessidade fisiológica e emocional. O vício psicológico varia de pessoa para pessoa e dura mais do que o vício físico, porque é mais complexo. Situações em que o ex-fumador está eufórico ou mais triste, cheio de planos ou sem nada para fazer, podem desencadear a vontade de voltar ao hábito tabágico se a questão da dependência psicológica não for trabalhada em profundidade.
Dependência social:
Este tipo de dependência está relacionado com a aceitação social do tabagismo e da pressão social. A sensação de segurança, domínio da situação e a pressão de grupo nos mais jovens encorajam o consumo do tabaco.
A partir do momento em que decidimos deixar de fumar, o simples facto de sair para socializar, muitas vezes, pode desencadear um desejo de fumar. Para manter os seus objetivos no que diz respeito à cessação tabágica, é importante pensar previamente no que poderá fazer para lidar com esses impulsos em situações sociais ou ambientes que aumentem os seus desejos.
Se quiser deixar de fumar, recomendamos-lhe que visite o nosso artigo com recomendações para o ajudar a deixar de fumar e que se informe sobre a Terapia de Substituição da Nicotina (TSN), pois poderão ajudá-lo a fazer algo incrível!